
A entrada representa o primeiro grande passo rumo ao sonho da casa própria, sendo essencial entendê-la a fundo para planejar bem o orçamento e evitar surpresas desagradáveis. Muitas pessoas ainda acreditam que existe uma regra fixa de 20% para a entrada, mas o mercado é mais flexível do que parece: bancos e programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, oferecem condições diferenciadas, com entradas menores e subsídios facilitando a aprovação de crédito.
Ao compreender como calcular a entrada ideal e avaliar os impactos dessa escolha sobre o valor das parcelas e a aprovação do financiamento, você terá muito mais confiança para definir estratégias de acordo com seu perfil financeiro. Vamos aprofundar esse tema com exemplos práticos, limites mínimos aplicados pelos bancos, dicas de negociação e orientações para você se sentir preparado e seguro ao dar esse importante passo.
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O que significa “entrada” no financiamento imobiliário?
A entrada é o valor inicial que o comprador paga ao adquirir um imóvel, antes do banco liberar o restante dos recursos. Ela corresponde a uma fração do preço integral do imóvel, e sua função vai além de um simples requisito burocrático: é decisiva tanto para quem financia quanto para quem concede o crédito.
Normalmente, a entrada é apresentada como um percentual do valor do imóvel, variando bastante conforme o banco, o perfil do comprador, o valor da propriedade, a localização e até mesmo as políticas públicas em vigência. Diferentemente do que muitos pensam, o percentual não é sempre fixo e pode ser ajustado dentro dos limites de cada instituição.
No momento de dar a entrada, o comprador deve provar à instituição financeira que possui essa quantia reservada, não só para confirmar o compromisso, mas também por ser um fator determinante para o avanço do processo de crédito imobiliário. Assim, saber antecipadamente qual será o valor da entrada ajuda não apenas no planejamento, mas também na aprovação do financiamento.
Ao longo do artigo, vamos mostrar por que esse pagamento inicial vai muito além da formalidade: ele é um elemento estratégico no seu caminho para conquistar a casa própria.
Por que a entrada tem papel fundamental no financiamento?
Mais que um requisito operacional, a entrada no financiamento imobiliário cumpre vários papéis essenciais. Ela protege o banco contra riscos, demonstra o comprometimento do comprador e impacta diretamente o valor das futuras parcelas, além de influenciar a aprovação do crédito.
Ao exigir uma entrada mínima, as instituições reduzem o risco de inadimplência: ao investir parte relevante do próprio dinheiro logo de início, você mostra capacidade de poupança e solidez financeira. Quem oferece uma entrada maior muitas vezes conquista taxas de juros menores, aprova valores mais altos e amplia as opções de negociação.
Além disso, a entrada é um filtro importante na análise de crédito. Os bancos avaliam não apenas seu poder de compra, mas também seu histórico financeiro e sua disciplina. Para quem não tem um perfil tão robusto, uma entrada maior pode aumentar significativamente as chances de aprovação.
Outro ponto relevante é que quanto maior a entrada, menor o saldo a ser financiado. Isso significa pagar menos juros ao longo do tempo, com parcelas mais baixas ou com prazos menores de financiamento — gerando economia e aumentando a sua segurança financeira.
Entendida a importância da entrada, o próximo passo é saber calcular o valor adequado às suas possibilidades e às exigências do mercado.
Como calcular o valor da entrada para o financiamento imobiliário
A pergunta “como calcular a entrada do financiamento imobiliário?” é muito frequente entre quem sonha em comprar o primeiro imóvel. Embora o cálculo seja simples, cada banco e cada programa social estipula suas próprias regras, limites e vantagens.
De modo geral, a fórmula básica é:
Entrada = Valor do imóvel – Valor a ser financiado
Por exemplo, se o banco permite financiar até 80% do valor total, o comprador precisa garantir pelo menos 20% de entrada. Mas esse percentual pode mudar bastante, dependendo do perfil do imóvel, da localização, da renda familiar ou do acesso a subsídios habitacionais.
Limites mínimos exigidos por bancos
No Brasil, os bancos mais conhecidos seguem políticas relativamente parecidas:
- 20% de entrada mínima: Essa faixa é padrão entre bancos como Caixa, Itaú, Bradesco e Santander. Em um imóvel de R$ 300 mil, seria necessário dar ao menos R$ 60 mil de entrada.
- Condições especiais: 10% a 15%: Em campanhas promocionais, para perfis de clientes de renda alta ou score elevado, alguns bancos permitem entradas ainda mais baixas, de até 10% a 15%.
- Minha Casa Minha Vida (MCMV): O programa pode aceitar entradas a partir de 0% para famílias de renda mais baixa, graças ao subsídio habitacional — especialmente nas faixas 1 e 1,5. Nas outras faixas, a entrada exigida varia, normalmente entre 5% e 20%, mas frequentemente é possível usar o saque do FGTS para ajudar a compor esse valor.
Como descobrir o valor exato de entrada no seu caso
- Pesquise o limite do banco ou programa escolhido.
- Verifique se você tem direito a subsídios ou pode usar o FGTS.
- Aplique a fórmula: valor do imóvel – percentual do valor financiável = valor de entrada.
- Não esqueça de considerar outros custos extras (tributos, registro, seguros), pois o banco pode exigir reserva adicional além da entrada.
Mesmo seguindo esse raciocínio, cada instituição tem seus detalhes e particularidades, por isso vale comparar ofertas e simular cenários diferentes antes de decidir qual caminho seguir. A seguir, analisamos exemplos práticos para você enxergar melhor como isso funciona na vida real.
Exemplos reais de faixas de entrada: cenários práticos
Ver situações concretas facilita muito para saber se o valor da entrada está dentro do seu alcance. Confira a seguir três cenários bastante comuns no Brasil:
Exemplo 1: Financiamento tradicional em banco privado
- Imóvel de R$ 400 mil
- Entrada mínima exigida: 20% (R$ 80 mil)
- Saldo financiado: R$ 320 mil (80% do total)
- Comprador com renda mensal de R$ 8 mil (pode incluir a renda do parceiro para aumentar o limite)
Neste cenário, embora a entrada padrão seja de 20%, clientes com bom histórico podem negociar condições especiais e, em promoções, conseguir baixar para 10% de entrada (R$ 40 mil).
Exemplo 2: Programa Minha Casa Minha Vida
- Imóvel de R$ 180 mil
- Comprador na Faixa 2 do MCMV
- Direito a subsídio de R$ 20 mil
- Entrada mínima: 5% (R$ 9 mil), podendo ser paga com o saldo do FGTS
- Financiamento cobre o restante menos o subsídio
Nesse modelo, a entrada pode ser muito baixa ou quase zerada, dependendo do subsídio. Muitas famílias conseguem realizar o sonho da casa própria justamente graças a essa combinação de entrada reduzida e benefícios governamentais.
Exemplo 3: Imóvel usado com o vendedor facilitando a entrada
- Imóvel de R$ 250 mil
- Vendedor aceita sinal de R$ 20 mil como “entrada”
- Saldo a financiar: R$ 230 mil
No caso de imóveis usados, existe flexibilidade: é possível negociar o parcelamento da entrada com o próprio vendedor, o que ajuda quem ainda está juntando recursos. Quer entender melhor esse processo? Confira o Guia Completo de Financiamento de Imóvel Usado.
Esses exemplos mostram como a entrada depende do contexto e da negociação. Antes de comprometer as economias, avalie a alternativa mais adequada ao seu perfil financeiro. Agora, veja como o valor da entrada impacta diretamente as parcelas do financiamento e o valor total pago.
Como a entrada impacta as parcelas do financiamento
O valor da entrada influencia de forma direta o saldo financiado, o valor das parcelas e o total de juros pagos ao longo do contrato. Para visualizar essa diferença, confira a simulação abaixo:
Simulação de valores: entrada de 10%, 20% ou 30%
Tomando como base um imóvel de R$ 300 mil, juros de 9% ao ano e prazo de 30 anos:
- Entrada de 10% (R$ 30 mil): saldo financiado de R$ 270 mil; parcela inicial próxima de R$ 2.700.
- Entrada de 20% (R$ 60 mil): saldo financiado de R$ 240 mil; parcela inicial próxima de R$ 2.400 (economia de cerca de R$ 300 mensais).
- Entrada de 30% (R$ 90 mil): saldo financiado de R$ 210 mil; parcela inicial aproximada de R$ 2.100.
A diferença acumulada de juros e o valor mensal pago é grande: quanto maior a entrada, menor o valor total pago ao banco. Em casos reais, aumentar a entrada pode reduzir o tempo de financiamento em até dez anos e gerar uma economia de dezenas de milhares de reais em juros.
Influência na aprovação do crédito
Oferecer uma entrada maior não só facilita a aprovação do financiamento, como pode trazer melhores condições no contrato, sobretudo em bancos privados. Por outro lado, uma entrada mínima exige mais rigor na comprovação de renda e pode acarretar taxas de juros mais altas.
Por isso, é importante que você avalie, com cautela, o quanto está disposto e pode investir de entrada sem sacrificar sua reserva de emergência. Equilibrar esse valor é a chave para garantir parcelas acessíveis e segurança no longo prazo.
Vamos agora às dicas para organizar e negociar a entrada — etapa crucial para o sucesso do seu financiamento.
Estratégias para negociar e preparar a entrada no financiamento
O planejamento para a entrada começa muito antes da busca pelo imóvel. Algumas medidas podem ajudar a tornar essa meta mais acessível e aliviar o peso financeiro ao longo dos anos:
- Comece a poupar com antecedência: Se a previsão é comprar em até dois anos, crie uma reserva mensal com a entrada em mente. Por exemplo, poupar R$ 1.500 por mês ao longo de dois anos resulta em R$ 36 mil — suficiente para dar entrada em imóveis de valor intermediário.
- Negocie com o vendedor: Para imóveis usados, tente parcelar a entrada em duas ou três vezes direto com o proprietário, formalizando essa modalidade via contrato.
- Utilize o FGTS: Ao adquirir o primeiro imóvel residencial, aproveite o saldo do FGTS para compor ou até integralizar a entrada, diminuindo o impacto sobre suas economias.
- Aproveite subsídios governamentais: Sempre verifique se você se enquadra em programas como o Minha Casa Minha Vida ou iniciativas estaduais — eles podem reduzir ou até eliminar o valor da entrada.
- Dê o que for viável: Ainda que não alcance os 20% ideais, juntar algo em torno de 10% já pode facilitar a negociação ou a aprovação do crédito. O importante é não comprometer totalmente a reserva para emergências.
Seguindo essas dicas, você aumenta a chance de conseguir melhores condições e encara o financiamento com mais estabilidade e tranquilidade. Ainda assim, há alternativas para diminuir o valor necessário da entrada: os subsídios habitacionais e facilidades previstas em lei.
Subsídios habitacionais e facilidades para diminuir a entrada
Muitos se perguntam: “Posso financiar um imóvel sem dar entrada?” No mercado convencional, isso é raro e arriscado para os bancos, mas nos programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, o acesso à casa própria pode ser facilitado com a ajuda de subsídios consideráveis.
Os subsídios habitacionais funcionam como descontos diretos no valor do imóvel ou na entrada, especialmente para famílias de baixa renda. O uso do FGTS também é fortemente incentivado nesses programas, e pode servir para quitar toda a entrada.
Na Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, o subsídio cobre até 95% do imóvel — ou seja, o financiamento pode ser de até 100%, restando ao comprador apenas pequenos valores referentes a taxas e despesas cartoriais. Nas outras faixas, entradas entre 5% e 20% são comuns, mas sempre é possível utilizar benefícios federais e estaduais para diminui-las.
No crédito privado, financiar sem entrada só costuma acontecer se houver uso de FGTS, carta de consórcio já contemplada ou caso muito especial no relacionamento com o banco.
Para aproveitar essas facilidades, atente às dicas:
- Use simuladores de bancos: Ferramentas online permitem comparar cenários diferentes, com e sem subsídio. Veja o passo a passo completo no Simulador de Financiamento Imobiliário.
- Busque orientações gratuitas: Órgãos como o CRAS podem apoiar com documentação e elegibilidade para o Minha Casa Minha Vida.
- Mantenha documentação atualizada: Comprovantes de renda e estado civil precisam estar corretos, pois isso é fundamental para acesso ao subsídio e não atrasar sua aprovação.
Dominar as alternativas de entrada, subsídios e uso do FGTS aumenta sua segurança financeira e amplia seu leque de opções, tornando mais fácil conquistar a casa própria sem sustos.
Colocando o conhecimento em prática para realizar seu sonho
Saber exatamente como funciona a entrada no financiamento imobiliário abre portas para um planejamento financeiro muito mais seguro, inteligente e sustentável. Esse entendimento permite reduzir o valor financiado, negociar melhores condições e organizar o orçamento para que o sonho da casa própria não se torne um pesadelo por causa de parcelas altas ou surpresas ao longo do contrato.
Ao escolher as opções de entrada com base no seu perfil, utilizar recursos como FGTS e pesquisar subsídios, você assume o controle do processo e evita decisões apressadas. Mais do que garantir a aprovação de crédito, pensar estrategicamente ajuda a proteger seu patrimônio e sua tranquilidade no futuro. E então, qual será o seu próximo passo para transformar esse projeto em realidade? Que tal começar descobrindo como escolher o melhor banco para financiar seu imóvel e avançar confiante na busca pelo financiamento imobiliário mais adequado às suas necessidades? O momento de planejar é agora — o futuro da sua casa começa pela decisão certa hoje.