ComparaBem: site de comparação de serviços chega no Brasil
Embora já esteja no ar, o site está em fase de quality assurance – mas as operações devem começar oficialmente no final de outubro. Basicamente, a plataforma é um site de comparação de serviços sob o tripé básico de finanças, seguros e telecomunicações.
“O que o nosso site faz é perguntar informações sobre a necessidade (não pedimos informações pessoais), e com isso a gente mostra todas as informações do mercado. Há uma pesquisa dentro de informações públicas de mercado e usa essas informações para comparação. É interativo, e o usuário pode usar uma das características como fator de comparação”, segundo me contou o CEO Alfredo Ramírez.
Existe uma parceria selada com instituições para que o usuário possa fechar o processo de busca. Caso o usuário esteja interessado em algum serviço procurado, preenche um formulário (aí sim com informações pessoais) para que a instituição entre em contato.
Ele aponta como principais diferenciais do site a interface – “tentamos fazer o caminho do usuário o mais simples possível, por meio do design, ferramentas de interação e pela mostra de todos os produtos compatíveis”, diz o executivo.
Para atuar no Brasil, houve uma rodada de investimentos de mais de US$ 500 mil encabeçada pela agência de publicidade M & C Saatchi, segundo me contou o outro fundador, o britânico Leo Castellanos, que assume o cargo de CFO na ComparaBem. “Lançamos no México em setembro, vamos lançar na Venezuela até o final do ano, Argentina e Equador em fevereiro de 2014… Essas atuações irão cobrir 92% do mercado on-line da América Latina”, me contou Castellanos. “Vamos pôr foco total no Brasil. Nosso plano é bem agressivo, queremos ser o maior site de comparação de serviços na América Latina.”
O londrino Castellanos e o peruano Ramírez se conheceram em um MBA em Londres. Foi lá que começaram a analisar opções de mercado já vigorando no Reino Unido, e notaram a oportunidade de sites de comparação. “Em Londres é o maior mercado, o mais antigo e o mais maduro. Não há nada na América Latina similar a isso. Pessoas realmente precisam saber o que estão pagando. Basicamente foi assim que começamos no Peru, replicando o que eu vi em Londres, mas tentando adaptar às condições do Peru”, conta Ramírez.
Eles começaram a atuar, então, no Peru, em 2011. Deu certo – o ineditismo da plataforma por lá chamou a atenção da mídia, que muito os ajudou. Há quase um ano, a plataforma foi lançada na Colômbia, onde, segundo eles, também é líder de mercado.
“Estamos muito felizes de entrar no Brasil, mas claro, os desafios são muito grandes. O mais interessante é que no Brasil está tendo um movimento grande de transparência na informação. A transparência traz competitividade e melhora nas condições para o usuário, traz baixa nos juros e, no final, quem é beneficiado é o usuário”, declara Ramírez. “Existe uma mudança de cultura na população, a internet está mais forte na vida das pessoas. Tudo isso faz com que a mudança no consumidor puxe o mercado. É isso que estamos fazendo: pegando carona nessa mudança e trazendo melhorias para a população.”
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