Endividamento das famílias com bancos bate recorde em agosto

Em agosto, 44,46% da renda dos últimos 12 meses estava comprometida. Este é o maior valor desde o início da série histórica do Banco Central.
Endividamento das famílias com bancos bate recorde em agosto

Dados do Banco Central mostram que o nível de endividamento das famílias com as instituições financeiras atingiu, em agosto, o patamar de 44,46% de sua renda acumulada nos últimos doze meses, o que representa novo recorde. A série histórica da autoridade monetária para este indicador tem início em janeiro de 2005.

Os números do BC mostram uma forte expansão do endividamento das famílias nos últimos anos. Em janeiro de 2005, no começo da série do BC, o endividamento das famílias com os bancos estava em 18,39% de sua renda dos últimos doze meses. Em dezembro de 2007, este patamar já estava em 29,12%, passando para 35,41% no fim de 2009. O nível de 40% foi atingido em março do ano passado. Em julho deste ano, já estava em 44,04%.

Dados da autoridade monetária também mostram que, em setembro, a taxa de inadimplência das pessoas físicas e das empresas, que mede o atraso de pagamento superior a 90 dias, permaneceu estável em 5,9% - também o maior valor da série histórica, que, neste caso, começa em junho de 2000. Estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que trabalhadores com gastos fixos altos têm mais propensão à inadimplência.

Comprometimento da renda

Os números do Banco Central também mostram que o "comprometimento da renda" com o pagamento de dívidas com os bancos também bateu recorde em agosto deste ano, quando somou 22,36%. Trata-se do maior valor desde o início da série histórica da instituição, em janeiro de 2005.

De acordo com a autoridade monetária, a maior parte da renda das famílias, neste caso, está comprometida com o chamado "principal", ou seja, com a dívida propriamente dita, somando 14,48% da renda das famílias. Ao mesmo tempo, outros 7,87% da renda estava comprometida, em agosto deste ano, com o pagamento dos juros.

Você gostou deste conteúdo?

Subscreva a nossa newsletter para receber aconselhamento financeiro todos os meses.