O milagre econômico brasileiro é como ficou conhecido o período entre os anos de 1967 e 1973, quando as taxas de crescimento do Brasil alcançaram patamares altos. Graças à combinação da política econômica nacional com o bom momento da economia mundial, o país cresceu, em média, 11% ao ano.
O milagre começou a ser desenhado ainda no governo de Castelo Branco (de 1964 a 1967), quando foi criado o Banco Central, que organizou o sistema financeiro, e implementado o Paeg (Programa de Ação Econômica do Governo), que promoveu ajuste nas contas públicas, reforma tributária, aumento do crédito e controle salarial.
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Porque o nome milagre econômico?
O nome milagre econômico foi usado porque o desenvolvimento econômico do Brasil durante o período foi rápido e impressionante. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que era de 4,2%, em 1967, alcançou 14%, em 1973. A inflação também diminuiu no período, passando de 25,01%, em 1967, para 15,6%, em 1973.
Por que o milagre econômico fracassou?
O fracasso do milagre econômico se deve, principalmente, à crise do petróleo de 1974, que elevou o preço do barril de US$ 3,37 para US$ 11,25, e fez a inflação crescer no mundo todo, colocando todos os países em situação difícil. Muitos reduziram as importações. Sem ter para quem vender sua produção e com a necessidade de importar petróleo, o Brasil viu sua balança comercial entrar em déficit.
Além disso, para manter o crescimento, o Brasil quintuplicou a dívida externa, que passou de US$ 2,5 bilhões, em 1965, para US$ 12,5 bilhões, em 1973. Esse crescimento ficou na mão das multinacionais e da classe alta brasileira, aumentando ainda mais a concentração de renda e a desigualdade social.
O que foi o milagre econômico durante a ditadura militar?
O período entre 1967 e 1973, durante uma ditadura militar, é conhecido como milagre econômico devido ao crescimento que aconteceu no país. Nesses anos, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a índices de dois dígitos e a inflação foi reduzida. Uma das principais críticas ao milagre econômico é o aumento da concentração de renda.
Delfim Netto, então ministro da Fazenda, dizia que era preciso “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”, mas na prática a redistribuição nunca ocorreu, já que os trabalhadores não tinham os salários reajustados conforme a inflação real.
O milagre econômico também foi marcado pelas obras de grande proporções, como a Rodovia Transamazônica, a usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói.
O que foi o milagre econômico brasileiro por que o milagre econômico não beneficiou os trabalhadores?
O milagre econômico brasileiro foi um período de desenvolvimento para o país, mas no qual a desigualdade social e a concentração de renda aumentaram, embora a ideia defendida pelo governo militar fosse que todos seriam beneficiados quando o país estivesse rico.
Durante esses anos, o poder de compra do trabalhador foi reduzido com o arrocho salarial. O salário mínimo real foi desvalorizado em 15%, entre 1967 e 1973.
Por que esse período ficou conhecido como Milagre econômico?
Os anos de 1967 a 1973 ficaram conhecidos no Brasil como período do milagre econômico porque houve um grande crescimento no país nessa época.
Com disponibilidade de crédito, o consumo foi incentivado. O número de casas com televisão cresceu 138% e o de lares com fogão a gás ou elétrico, 75%. Também aumentou em 139% a quantidade de residências com ao menos 1 automóvel.